sábado, 29 de dezembro de 2012

Isso já deve ter rolado com todo mundo, você leitor que por falta de coisas a fazer e por acaso brotou nessa página com certeza vai se identificar com essa situação.
Sabe aqueles dias que você conheceu uma pessoas e pela ausência de amor-próprio, associado a uma carência sexual de seis meses, até parar de contar resolve levar ela pra casa.
Algumas doses de etanol fazem as informações ficarem embaraçadas e no mas o fim da noite foi boa, repleta de   gritarias, risadas, meia-bomba e cinco segundos de muito prazer."Deus" foi mencionado diversas vezes nesse encontro amoroso. Acho desnecessário salientar que a gritaria foi "o que eu to fazendo comigo?! porque tô aqui, meu Deus do céu?!?!" e a risada ocasionada por "só isso que você tem aí?" após eu retirar muito sensualmente- devo frisar!- minha calça de couro. Enfim, uma noite de sexo normal.
Até que uma hora você adormece feito um verdadeiro príncipe (Shrek no segundo ou terceiro, não lembro bem, quem tiver interessado pesquisa no Google). E quando acorda vê aquela senhora de meia idade, por volta dos 40 (do segundo tempo). E reflete quanto a possibilidade de se engajar em uma religião (pena ser tão caro...),ah se eu tivesse aceitado as investidas do padre da minha paróquia quando tinha 11 anos, seria tudo tão diferente...aos 15 até procurei, mas ele disse que eu já estava velho demais. Entendo...
Devaneios a parte, vamos ao que interessa, tantas coisas a serem lembradas como aniversário (próprio), senhas de tudo: msn, facebook, orkut (prometi afundar com esse barco e o farei!), cartão de crédito, débito, nome de pai, de mãe e até de avó! É comum você esquecer o nome da sua companheira sexual que te deu 5 segundos de extrema felicidade.
Quem tem 35 anos e mora com os pais vai se identificar bem com essa situação: você analisa a janela do seu quarto situado no quarto andar, o sobrepeso exuberante da tal menina (Tânia? Não, não inventam mais nomes assim), calcula tudo e percebe uma possível queda macia, sem grandes danos. A moça não topou (chata, sem espírito de aventura ou de companheirismo), mas tudo bem, vamos torcer pra um sono profundo dos meus pais, ou uma excursão um pouco mais demorada a feira de domingo. Nada disso rolou.
Ao abrir a porta do meu quarto/escritório da minha mãe/academia do meu pai, dou de cara com mammys (ah é...ainda a chamo assim, dessa forma ela me faz mingau de aveia toda manhã). Ela é uma senhora de alta idade com espírito jovial, new age e meio riponga "Querido, bem que ouvi umas gargalhadas de madrugada! Como foi e qual o nome da sua companheira??"
-Não faz pergunta difícil, por favor? Tô preenchido de...
-Amor? interrompe como uma genuína mãe.
-Não, chopp de vinho, genebra, catuaba entre outros fancy drinks.
-Você não sabe meu nome? Indagou a até então anônima...
-Margareth?
-Quem hoje em dia se chama Margareth??
-Desculpa, querida...mas você não é de hoje em dia á muitos tempo... na época que a Carla Perez segurava o tchan você já disfarçava seus cabelos brancos com Intensy Color.
Minha mãe querendo colocar panos quentes na situação emendou:
-Isso não importa, Flor de Luz, o que importa é : Você gozou?
O ataque de risos com soluços e olhos lacrimejante só responde uma coisa:
-Sim. Ela gozou e continua gozando (via todas as redes sociais que a internet pode oferecer, rola até um blog, mas não vou divulga-lo porque eles tem o dobro das minhas visualizações e isso sim mexe com o ego de um homem.)
Mais adiante estava meu pai. Um homem sério, militar que serviu a segunda guerra mundial, segundo ele. Acho difícil  porque pelas minhas contas ele só tinha 5 anos, mas vai saber, antigamente todos eram prematuros, até na hora de morrer. Todas as frases do meu pai terminam com um imperativo ponto final, mesmo em suas perguntas.
-Ela dormiu aqui, meu "filho"?.
(essa questão de paternidade sempre gerou controvérsia em minha família.)
-Sim, senhor. (em alto e bom som como um soldado...gosto de alimentar seu flash back das guerras).
-Você deflorou essa menina?.
(menina?!okay, vai, vamos)
-Pai, isso que você chama de flor sobreviveu a verões dantescos e invernos glaciais... se brotar uma erva-daninha daí , já é motivo de comemoração.
A anônima concordou com um discreto balançar de cabeça em forma de sim.
-Não importa, você vai ter que casar com essa donzela.
-Desculpa...Qual donzela?Não entendi...
-Ela. Apontando pra moça/senhora...
A surpresa foi geral. Primeiro por ela ter sido chamada de donzela, depois essa questão de matrimônio, coisa e tal...
-Mas pai, eu nem sei o nome dela...
-Esse é o tipo de coisa que você descobre depois de casados.

Então cá estou eu, fuxicando seu facebook para ver se descubro mais coisas a respeito da minha mulher e mãe do meu primogênito.