segunda-feira, 14 de maio de 2012

Drogas



Sim, eu ando carente. Muito carente. Carente para caralho. Carente a ponto de querer começar a usar drogas só pra frequentar um narcóticos anônimos. Lá, acho que é mais fácil fazer amigos. Tentei frequentar meso sem usar nada, mas fica complexo, porque eles se gabam de altas noitadas e eu não tenho nada a dizer. Talvez das madrugadas que varei nas salas de bate-papo da uol, teclando com uma mão só, imaginando estar conversando com uma menina (espero que tenha sido, senão terei que rever minha sexualidade).
Então tentei começar com maconha, é a mais simples, gosto de ouvir bob marley e dizem que é a porta de entrada. Não tive sucesso. Achei todo aquele mecanismo de enrolar um baseado muito complicado, sou bem desastrado, deixo tudo cair no chão, queimo a boca e na hora de passar a gola, babo no cigarro todo. Não se vê pessoas sendo expulsas de uma roda hippie muito facilmente. Eu fui. Acho que quando eu frequentar o N.A poderei contar essa história, sei lá.
Dizem que a maconha é a escada pra cocaína...esse foi o meu caso. Como eu não sabia apertar um baseado, resolvi experimentar pó. A parada tá ali pronto, só precisa usar, não tem muito o que errar. O problema é que eu tenho rinite alérgica, e na primeira aspirada, me bateu uma crise de espirros, derramei 150 reais de farinha no chão. Se eu achei os hippies nervosos, imagina um grupo de pessoas com o queixo trincado igual a rotweillers, babando com raiva, olhos mais abertos do que do Fernanado Caruso e coração pulsando pra fora (juro, vi o formato do coração de um deles saliente ao peito!). Dizem que as drogas causam dependência, infarto, neurose e alucinação. Em mim só causou duas costelas quebradas, dois pivôs caídos, uma perna fraturada e um osso do braço exposto.
Pensei em crack, mas morro de medo de zumbis e transformar pedra em fumaça não deve ser coisa de Deus...