segunda-feira, 7 de maio de 2012

Brasil





Acho muito estranho aquele desejo ufanista que brota em algumas pessoas. Estranho não, chato. Antes de desenvolver essa idéia, tenho que esclarecer que ufanismo não tem nada a ver com ufologia, com e.t. Ufanismo é amor á pátria, orgulho de ser brasileiro. Explico porque aquelas mesmas pessoas que batem no peito pra dizer que tem orgulho de ser brasileiro são as mesmas que acham que ser ufanista é acreditar que existem vidas inteligentes em outros planetas. Essas mesmas pessoas são aquelas que não sabem em qual deputado estadual votaram na ultima eleição, mas sabe quem é o ganhador da quinta edição de algum reality show. Pode até, como patriotismo, saber a escalação da seleção na última copa, mas não sabe o nome do vice-presidente...acho que é José de Alencar, né? Ou Machado de Assis?. Reclamam dos políticos corruptos do mensalão, mas não devolvem os cinco reais que vieram a mais do troco para a tia do café. E é estagnado, muito estagnado. Sempre que presencia algo errado fala “Brasileiro é assim mesmo...êêêê lá iá!” , ou então, no máximo, destila sua injúria com um post bem revoltado na internet. Mas vou deixar esse assunto politico-pedante pro CQC ou outros programas tão chatos quanto.
Vou argumentar o quanto brasileiro é chato dividindo em regiões:  São Paulo, Rio, Espirito Santo, Minas, gaúcho (abaixo de São Paulo pra mim é tudo gaúcho), Bahia e paraíba (a cima da Bahia pra mim é tudo paraíba).
Paulista é muito chato quanto a coisas de internet. Todo paulista tem blog, vlog, tumblr, twitter- que eles não chamam de twiTer, chamam de twiRer, e ainda corrigem seu português, quer dizer, inglês, quando falam com T- website, coluna digital e outras coisas mais. Porra, só facebook não adianta não? Ou quem sabe até orkut? Não, eles gostam de se expressar, se expressar muito, de forma cibernética, vai...Querem ser lidos por todos e por tudo, mas não leem ninguém!
-Você leu meu último post sobre as joaninhas diabéticas de Laos?
-Li, mas o que você achou da minha crítica as associações protetoras das baleias orcas orfãs que lutam por um lar na cidade?
-Legal, mas e quanto as minhas atualizações sobre as joaninhas?
-Boa, e será que eu consiguirei um lar para todos os filhotes de baleia perto do Morumbi?
-Joaninha...diabete!
-Baleia...orfãs!
Chega!!! É uma guerra que como sempre não levam a lugar nenhum! Poderia levar, mas essa política de desarmar a população não deixa...papo pra outro momento. Acho que o sonho de todo paulista é trabalhar na MTV.
Os baianos...eu queria muito falar sobre a Bahia, mas morro de medo de macumba, e como se sabe, todo baiano é macumbeiro. Podem até ter  outras religiões, mas curtem bater uma cabeça, dançar um ponto (existe isso? Quem for macumbeiro ou baiano-redudância- me avisa por favor), uma oferenda e até um axé (sei que é um estilo musical, mas ninguém me tira da cabeça que tem algo de vestimenta branca aí). Todo macumbeiro é baiano, quer dizer, todo baiano é macumbeiro. Ele pode ser judeu que é macumbeiro, católico que é macumbeiro, pode ser kardecista que é macumbeiro. Até budista na Bahia é macumbeiro. O evangélico baiano pra mim é o pior, quer um exemplo? Aquela mulher do filme Ó pai Ó, que vive falando “ta amarrado”, e outras frases bem baianescas que se você não toca um tambor furado, nunca irá entender. Se você não souber quem é, procura no youtube senão isso não fará o menor sentido pra você...se é que tá fazendo até agora. Outra coisa que baiano tem que é foda, é a mania de sensualizar tudo! Meninas de 6 anos dançam requebrando até o chão, pastores descem até a boquinha da garrafa enquanto rezam o culto e freiras na Bahia seguram o tchan direto. Eles insinuam sexo numa mesma oração que falam de pai e mãe, que coisa doentia! Imagina um gringo aprendendo português na Bahia? Vai voltar para terra dele com pensamentos super incestuosos. Vou parar de falar sobre baiano porque já tive uma sogra macumbeira e foram momentos muito tensos em minha vida. Morro de medo...de sogra.
Espírito Santo. Se há um lugar sem finalidade no mundo, esse lugar é espírito santo. Se não fosse pelo chocolate e Roberto Carlos, espírito santo só serviria pra não deixar o Rio e a Bahia encostarem. Poderia falar coisas ruins sobre Roberto Carlos, mas ela atinge o coração de uma população cujo a praga pega...as sogras. Já falei, morro de medo delas, né? Então, tava falando do que mesmo? Ah é, E.S. Não tem muita significância esse estado, e olhe que minha mãe e minha avó são de lá. Sou filho de capixaba e sempre que falo isso sempre ouço a mesma pergunta...”ué, você tem mãe?”
Minas, as mineiras te enganam...falam tudo bem bonitim, bem delicadim, terminando tudo em “im” pra ficar jeitosim, mas Hitler mesmo não teria coragem de casar com uma mineira. Quem diz que o Brasil não tem furacão ou terremoto, é porque nunca se relacionou com uma mineira. Elas tem o canto da sereia no olhar. São muito dóceis, mas experimenta esquecer algum aniversário de namoro, ou algum queijo. Por isso que as mineiras vivem solteiras, o paradeiro dos exs costumam ser cemitérios, valas ou sete palmos abaixo da plantação de qualquer coisa delas (mineiros gostam de arar terra, essa é a minha imagem de um mineiro). Também não vou falar muito sobre as mineiras, pois vai que um dia caio de novo nessa forma gostosim de falar. Se descobre esse texto serei obrigado a comer meus próprios testículos. Além de macumbeiras e sogras, tenho um medo, como todos tem, das mineiras.
Os gaúchos fazem aquele estilo bem machão, bebem aquilo que chamam de mate em chimarrão, coisa azeda pra macho mesmo. Porque pra aguentar o que eles aguentam tem que ser macho mesmo, muito macho, macho pra caralho! E todo filho de gaucho, um dia vira veado...infelizmente, meu pai nasceu lá.
Queria elaborar melhor sobre o norte, mas sou carioca e carioca é muito ignorante, mas muito mesmo. Carioca desconfia que pode haver um pote de ouro assim que acaba a avenida brasil, desconfia, mas não tem certeza. Mal conhece os limites da linha vermelha, passou da Washington Luis não vale a pena ir. Quer ficar perto da praia o tempo todo, mesmo que como eu , não mergulhe no mar à anos, desconfia que se um dia for além das divisas fluminenses, a praia possa fugir e não rolar a oportunidade daquele último mergulho. Dizem que carioca é tão sacana que nem é bom perguntar as horas, não sei se somos capazes de mentir quanto as horas. A última vez que me perguntaram as horas, roubaram meu relógio e desde então não dou uma dentro com meus compromissos...e isso foi em 1993.
Queria poder falar de outros lugares do Brasil, mas sou carioca, e não saberia apontar no mapa onde fica Rio Grande do Norte, Tocantins, Amapa. Queria até escrever sobre Roraima mas meu word não reconheceu como palavra existente. Também queria falar sobre o Acre, até porque acredito na força do Acre, também creio em duendes, unicórnios e acredito na reforma agrária (quis terminar com uma anedota inteligente, sou carioca, mal sei o que é reforma agrária), porém não gosto de mexer com energias ocultas. Vai que o Acre é um lugar virtual pra onde vão todas as sogras macumbeiras fãs de Roberto Carlos com twitter.