Acho muito estranho aquele desejo ufanista que brota em
algumas pessoas. Estranho não, chato. Antes de desenvolver essa idéia, tenho
que esclarecer que ufanismo não tem nada a ver com ufologia, com e.t. Ufanismo
é amor á pátria, orgulho de ser brasileiro. Explico porque aquelas mesmas pessoas
que batem no peito pra dizer que tem orgulho de ser brasileiro são as mesmas que
acham que ser ufanista é acreditar que existem vidas inteligentes em outros planetas.
Essas mesmas pessoas são aquelas que não sabem em qual deputado estadual votaram
na ultima eleição, mas sabe quem é o ganhador da quinta edição de algum reality
show. Pode até, como patriotismo, saber a escalação da seleção na última copa, mas não
sabe o nome do vice-presidente...acho que é José de Alencar, né? Ou Machado de
Assis?. Reclamam dos políticos corruptos do mensalão, mas não devolvem os cinco
reais que vieram a mais do troco para a tia do café. E é estagnado, muito
estagnado. Sempre que presencia algo errado fala “Brasileiro é assim
mesmo...êêêê lá iá!” , ou então, no máximo, destila sua injúria com um post bem
revoltado na internet. Mas vou deixar esse assunto politico-pedante pro CQC ou
outros programas tão chatos quanto.
Vou argumentar o quanto brasileiro é chato dividindo em
regiões: São Paulo, Rio, Espirito Santo,
Minas, gaúcho (abaixo de São Paulo pra mim é tudo gaúcho), Bahia e paraíba (a
cima da Bahia pra mim é tudo paraíba).
Paulista é muito chato quanto a coisas de internet. Todo
paulista tem blog, vlog, tumblr, twitter- que eles não chamam de twiTer, chamam
de twiRer, e ainda corrigem seu português, quer dizer, inglês, quando falam com
T- website, coluna digital e outras coisas mais. Porra, só facebook não adianta
não? Ou quem sabe até orkut? Não, eles gostam de se expressar, se expressar
muito, de forma cibernética, vai...Querem ser lidos por todos e por tudo, mas
não leem ninguém!
-Você leu meu último post sobre as joaninhas diabéticas de
Laos?
-Li, mas o que você achou da minha crítica as associações
protetoras das baleias orcas orfãs que lutam por um lar na cidade?
-Legal, mas e quanto as minhas atualizações sobre as
joaninhas?
-Boa, e será que eu consiguirei um lar para todos os
filhotes de baleia perto do Morumbi?
-Joaninha...diabete!
-Baleia...orfãs!
Chega!!! É uma guerra que como sempre não levam a lugar
nenhum! Poderia levar, mas essa política de desarmar a população não deixa...papo
pra outro momento. Acho que o sonho de todo paulista é trabalhar na MTV.
Os baianos...eu queria muito falar sobre a Bahia, mas morro
de medo de macumba, e como se sabe, todo baiano é macumbeiro. Podem até
ter outras religiões, mas curtem bater uma
cabeça, dançar um ponto (existe isso? Quem for macumbeiro ou baiano-redudância-
me avisa por favor), uma oferenda e até um axé (sei que é um estilo musical,
mas ninguém me tira da cabeça que tem algo de vestimenta branca aí). Todo
macumbeiro é baiano, quer dizer, todo baiano é macumbeiro. Ele pode ser judeu
que é macumbeiro, católico que é macumbeiro, pode ser kardecista que é
macumbeiro. Até budista na Bahia é macumbeiro. O evangélico baiano pra mim é o
pior, quer um exemplo? Aquela mulher do filme Ó pai Ó, que vive falando “ta
amarrado”, e outras frases bem baianescas que se você não toca um tambor
furado, nunca irá entender. Se você não souber quem é, procura no youtube senão
isso não fará o menor sentido pra você...se é que tá fazendo até agora. Outra
coisa que baiano tem que é foda, é a mania de sensualizar tudo! Meninas de 6
anos dançam requebrando até o chão, pastores descem até a boquinha da garrafa
enquanto rezam o culto e freiras na Bahia seguram o tchan direto. Eles insinuam
sexo numa mesma oração que falam de pai e mãe, que coisa doentia! Imagina um
gringo aprendendo português na Bahia? Vai voltar para terra dele com
pensamentos super incestuosos. Vou parar de falar sobre baiano porque já tive
uma sogra macumbeira e foram momentos muito tensos em minha vida. Morro de
medo...de sogra.
Espírito Santo. Se há um lugar sem finalidade no mundo, esse
lugar é espírito santo. Se não fosse pelo chocolate e Roberto Carlos, espírito
santo só serviria pra não deixar o Rio e a Bahia encostarem. Poderia falar
coisas ruins sobre Roberto Carlos, mas ela atinge o coração de uma população
cujo a praga pega...as sogras. Já falei, morro de medo delas, né? Então, tava
falando do que mesmo? Ah é, E.S. Não tem muita significância esse estado, e
olhe que minha mãe e minha avó são de lá. Sou filho de capixaba e sempre que
falo isso sempre ouço a mesma pergunta...”ué, você tem mãe?”
Minas, as mineiras te enganam...falam tudo bem bonitim, bem
delicadim, terminando tudo em “im” pra ficar jeitosim, mas Hitler mesmo não
teria coragem de casar com uma mineira. Quem diz que o Brasil não tem furacão
ou terremoto, é porque nunca se relacionou com uma mineira. Elas tem o canto da
sereia no olhar. São muito dóceis, mas experimenta esquecer algum aniversário
de namoro, ou algum queijo. Por isso que as mineiras vivem solteiras, o
paradeiro dos exs costumam ser cemitérios, valas ou sete palmos abaixo da
plantação de qualquer coisa delas (mineiros gostam de arar terra, essa é a
minha imagem de um mineiro). Também não vou falar muito sobre as mineiras, pois
vai que um dia caio de novo nessa forma gostosim de falar. Se descobre esse
texto serei obrigado a comer meus próprios testículos. Além de macumbeiras e
sogras, tenho um medo, como todos tem, das mineiras.
Os gaúchos fazem aquele estilo bem machão, bebem aquilo que
chamam de mate em chimarrão, coisa azeda pra macho mesmo. Porque pra aguentar o
que eles aguentam tem que ser macho mesmo, muito macho, macho pra caralho! E
todo filho de gaucho, um dia vira veado...infelizmente, meu pai nasceu lá.
Queria elaborar melhor sobre o norte, mas sou carioca e
carioca é muito ignorante, mas muito mesmo. Carioca desconfia que pode haver um
pote de ouro assim que acaba a avenida brasil, desconfia, mas não tem certeza.
Mal conhece os limites da linha vermelha, passou da Washington Luis não vale a
pena ir. Quer ficar perto da praia o tempo todo, mesmo que como eu , não
mergulhe no mar à anos, desconfia que se um dia for além das divisas
fluminenses, a praia possa fugir e não rolar a oportunidade daquele último
mergulho. Dizem que carioca é tão sacana que nem é bom perguntar as horas, não
sei se somos capazes de mentir quanto as horas. A última vez que me perguntaram
as horas, roubaram meu relógio e desde então não dou uma dentro com meus
compromissos...e isso foi em 1993.
Queria poder falar de outros lugares do Brasil, mas sou
carioca, e não saberia apontar no mapa onde fica Rio Grande do Norte,
Tocantins, Amapa. Queria até escrever sobre Roraima mas meu word não reconheceu
como palavra existente. Também queria falar sobre o Acre, até porque acredito
na força do Acre, também creio em duendes, unicórnios e acredito na reforma
agrária (quis terminar com uma anedota inteligente, sou carioca, mal sei o que
é reforma agrária), porém não gosto de mexer com energias ocultas. Vai que o
Acre é um lugar virtual pra onde vão todas as sogras macumbeiras fãs de Roberto
Carlos com twitter.